segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Nem Freud explica


Já parou pra pensar que ser normal é normalmente estar fora da normalidade, logo: ser anormal?Muito confuso?Nada disso, muito lógico. Faça uma reflexão, encarne o olhar de uma criança (aquele que se admira com tudo que o novo mundo oferece, que percebe nos mínimos detalhes, com simplicidade, o que quer ser expresso e compreendido) e passe a reparar nas pessoas, no comportamento estranho que apresentam na maioria das situações.Um primeiro exemplo: festas, ou ainda melhor, uma ”rave” (é válido ressaltar que há excessões): nós, jovens contemporâneos, ficamos horas e horas ouvindo uma ”música” que só tem uma palavra ”tutz, tutz, tutz” (quase um soneto petrarquiano com rimas ricas e intercaladas – tom mais que irônico) e é mais ”style” quem fizer a dança mais criativa ou descolada (tosca) (obs.: no entanto, se nós víssemos um cara dançando isso em plena av. 13 maio às 3 horas da manha, já teria o Will Smith em MIB - Homens de preto, aliado ao FBI, CSI e a SWAT e uma bomba do Bin Laden) Não, mas na rave é muito descolado, e quando fazem o ”rebolation” a galera sai de si. ZzzzZzzzZzzzZ.– não estou criticando (até porque eu gosto), estou analisando. ah, um breve conselho para as distribuidoras de pirulito Pop: ponham uma tenda em todas essas festas, nunca vi coisa para usarem tanto (seria interessante se a Pop se unisse aos dentistas, imagina a quantidade de empregos diretos e indiretos que produziria).Outro exemplo: moda. É impressionante. Querer ser adepto da moda é completamente insano: você compra e em uma semana todas as mulheres (e os simpatizantes) têm também. Gente, (sem querer ser hipócrita, porque eu sou modista, todas somos, de fato) como dizia uma grande amiga minha ”o que tem a ver, em pleno Ceará, usar aqueles lenços no pescoço?” Estamos na TERRA DA LUZ!Tem mais anormal do que isso?Entramos no shopping, e nos deparamos com uma mulher de sobretudo PRETO e botas longas. Acho que quando ela for entrar no carro, antes disso, já tem sido carbonizada pelo sol. Seria trágico se não fosse cômico.Um bebê, vocês acham que eles ficam rindo de que quando ficamos: ”Gugudada, cadê o nenenzinho da bibia, cadê? Bruuum, bruuuum, cadê? Achou hihihihi” Ele deve pensar: ”Nossa que idiota (risos)”.Depois vem gente me dizer que existe Aliem mundo a fora. Sim, existe, somos nós.Alguém honesto, com caráter, educado, que ainda não acha rotineiro ver mortes na televisão e que não engole tudo que a mídia vomita...Tem mais normal que isso? Sejamos normais. Os anormais, o mundo já esta cheio deles.E eles, nem Freud explica.
”Todos somos filhos de Deus só não falamos a mesma língua” (Zeca Baleiro)

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